Na formação universitária estudamos e discutimos os conceitos, abordagens, áreas e outros saberes que, junto com a nossa subjetividade, nos constituem como terapeutas ocupacionais.Logo, o que nos diferenciará na prática, serão os cursos, especializações e caminhos escolhidos para a carreira profissional.
Mas a pergunta em questão vem permeando os meus pensamentos desde que comecei a observar, e transitar por espaços que oferecem o serviço de Terapia Ocupacional. Na prática, no "mão na massa", o que tenho observado é uma Terapia Ocupacional recreativa que se confunde, ao mesmo tempo, com uma aula de artes, puramente ocupacional, onde entupir o sujeito com atividades vazias e sem sentido induz a uma mascarada reabilitação psicossocial.
O contrário também acontece, lógico, a T.O que empodera o sujeito, que amplia redes e resgata a cidadania. Porém, é mais trabalhosa, requer envolvimento, comprometimento e respeito às pessoas.Também exige que realmente se pense e elabore estratégias, análises e metodologias para a aplicação das atividades e, principalmente, exige trabalho em equipe.
Pensemos juntos, se você é um T.O de "trabalhinhos", sem inquietações, e que acha que a Terapia Ocupacional é muito fácil de ser realizada, ok. Tem espaço para todos. Não podemos fechar os olhos para uma prática que existe. Agora, se você, assim como eu, não se identifica com essa abordagem ocupacional muitas vezes chamada de "socializante", vamos pensar juntos na construção de novos espaços com potência de fazer acontecer DE VERDADE