segunda-feira, 22 de dezembro de 2008


É no fazer que o individuo coloca para fora a sua constituição e o seu mundo interno. Apropriando-se dessa relação, a terapia ocupacional usa o instrumento atividade humana para entrar em contato com conteúdos internos, criando uma relação dialética entre sujeito/terapeuta .
O ímpeto para acessar processos internos, faz com que a prescrição de atividades seja um recurso sem receitas e métodos, dependendo da relação indíviduo-atividade-terapeuta para compreender e transformar o conteúdo subjetivo que aparece sutilmente, ou não, nos encontros.
Ana Paula


“A terapêutica ocupacional era um território vazio onde eu teria relativa liberdade para agir. Lidando com atividades manuais e expressivas, processando-se, sobretudo em nível não-verbal, compreende-se que esse tipo de tratamento não goze de prestígio na nossa cultura tão deslumbrada pelas elucubrações do pensamento racional e tão fascinada pelo verbo” ( Nise da Silveira)

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Que T.O. Você quer ser/fazer?

Na formação universitária estudamos e discutimos os conceitos, abordagens, áreas e outros saberes que, junto com a nossa subjetividade, nos constituem como terapeutas ocupacionais.Logo, o que nos diferenciará na prática, serão os cursos, especializações e caminhos escolhidos para a carreira profissional.
Mas a pergunta em questão vem permeando os meus pensamentos desde que comecei a observar, e transitar por espaços que oferecem o serviço de Terapia Ocupacional. Na prática, no "mão na massa", o que tenho observado é uma Terapia Ocupacional recreativa que se confunde, ao mesmo tempo, com uma aula de artes, puramente ocupacional, onde entupir o sujeito com atividades vazias e sem sentido induz a uma mascarada reabilitação psicossocial.
O contrário também acontece, lógico, a T.O que empodera o sujeito, que amplia redes e resgata a cidadania. Porém, é mais trabalhosa, requer envolvimento, comprometimento e respeito às pessoas.Também exige que realmente se pense e elabore estratégias, análises e metodologias para a aplicação das atividades e, principalmente, exige trabalho em equipe.
Pensemos juntos, se você é um T.O de "trabalhinhos", sem inquietações, e que acha que a Terapia Ocupacional é muito fácil de ser realizada, ok. Tem espaço para todos. Não podemos fechar os olhos para uma prática que existe. Agora, se você, assim como eu, não se identifica com essa abordagem ocupacional muitas vezes chamada de "socializante", vamos pensar juntos na construção de novos espaços com potência de fazer acontecer DE VERDADE

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Nascimento

Foi pensando em uma intervenção coletiva e criativa que surgiu a idéia de fazer um blog com assuntos relacionados a temática da Terapia Ocupacional. Há muito essa idéia permeava nossos pensamentos, como uma estrela cadente em noite estrelada ela aparecia e passava, deixando a sugestão de que algo aconteceria; dessa vez o pedido realizou-se e esse é o primeiro post dos muitos que virão.
O objetivo é estimular a participação de todos os interessados em debater e questionar a Terapia Ocupacional; proporcionando a ampliação, apoderamento e trocas de saberes .Esse é um espaço livre e aberto para a interação e colaboração de todos aqueles que quiserem manifestar-se.
Um abraço.
Ana Paula. Coletivo to

PS: Para começar assistam o vídeo e deixem seus comentários sobre o que vocês acharam.